Desde que retornou ao Atlético-MG e teve seu primeiro contato com os jogadores do clube e a imprensa, ainda em Porto Alegre, Levir Culpi vem demonstrando, a cada entrevista, uma verdadeira obsessão por números. Segundo o treinador, jogadores e números são basicamente a mesma coisa, ou seja, na visão dele, aqueles que apresentarem as melhores estatísticas dificilmente deixaram a equipe titular. O técnico voltou ao assunto após o empate diante dos colombianos, ao explicar a substituição de Diego Tardelli, que segundo ele, saiu por não ter dado sequer um chute a gol.
Se Tardelli não deu nenhum chute, já que a bola que ele teria mandado na trave na verdade desviou num zagueiro, o mesmo não pode ser dito dos companheiros. A melhora com relação ao time de Autuori, apesar de não ter evitado a eliminação foi grande se forem comparados com os números da partida disputada em Medellín.
Naquela oportunidade foram apenas duas finalizações contra o gol de Armani, sendo que nessa quinta os arremates subiram para 12. Se o time comandado por Autuori teve contra a meta de Victor 25 chutes, a equipe de Levir foi ameaçada somente oito vezes.
O número de passes errados também diminuiu, passou de 31 para 24. Já nos acertos, quem mais caprichou foi Leandro Donizete, com 30 passes corretos. Porém, chama atenção o fato de nenhum jogador de frente do Galo aparecer na lista dos que mais acertaram, já que o volante é seguido por Alex, Pierre, Leonardo Silva e Otamendi.
Lá atrás Victor ainda teve que mostrar a ótima forma, porém apenas no chute de Cárdenas, enquanto em solo colombiano ele fez pelo menos cinco defesas incríveis. Com a obsessão de Levir permanecer relacionada aos números, serve de alento a melhora considerável quando é feito o comparativo com seu antecessor. Se a classificação não veio, pelo menos vontade de vencer ficou nítida durante os 90 minutos do empate no Horto, algo bem diferente do que havia sido apresentado na preponderante derrota em Medellín.
Fonte: Globo
